
Há mais de mil anos, os cristãos usavam os 150 salmos da Bíblia para fazer sua oração diária, especialmente nos mosteiros. Mas muita gente não sabia ler. Então surgiu na Irlanda o costume de rezar 150 Pai-Nossos. Contavam separando 150 pedrinhas ou com um cordão de 150 nós ou de 150 pedacinhos de madeira. Logo, outros, em vez de Pai-Nossos, começaram a rezar 150 Ave-Marias.
No século XIII, compuseram o “Saltério de Nosso Senhor Jesus Cristo”, que era 150 hinos de louvor, baseados nos salmos. Em seguida, fizeram também 150 louvores a Maria e passaram a chamar esses louvores de “Rosarium”, ou seja, um buquê de rosas. Nessa altura, havia quatro saltérios populares. Os cristãos rezavam 150 Pai-Nossos ou 150 Ave-Marias ou 150 louvores a Jesus ou 150 louvores a Maria.
Em 1365, o monge Henrique Kalkar agrupou as 150 Ave-Marias de dez em dez, colocando um Pai-Nosso antes de cada dezena. Em 1409, o monge Dominique escreveu um livro com 50 pensamentos sobre a vida de Jesus e de Maria para serem meditados durante a reza de 50 Ave-Marias. E assim, surgiram variadas formas desses rosários. Em 1470, o frei Alan de Rupe, da Ordem de São Domingos, propôs um pensamento para cada Ave-Maria e fundou a primeira irmandade do rosário, que propagou a devoção ao rosário de Maria em todo o mundo ocidental. Depois, para ajudar o povo na contemplação, fizeram 15 gravuras sobre os mistérios da vida de Jesus e de Maria, uma para cada dezena. Em Veneza, no ano de 1521, o frei dominicano Alberto de Castello publicou uma bonita coleção desses 15 quadros.
Aí chegamos à forma do rosário como temos hoje. Para cada cinco dezenas foi dado um tema. O primeiro terço contempla Nossa Senhora trazendo no ventre o Filho de Deus, o nascimento e a infância de Jesus: são os mistérios gozosos, ou seja, da alegria. No segundo terço, meditam-se os mistérios dolorosos da paixão e morte de Nosso Senhor. E no último terço, meditam-se os mistérios da ressurreição e glorificação de Jesus e de Maria: são os mistérios gloriosos.
O Papa João Paulo II falou em Fátima, Portugal, em 1982: “Querem que eu lhes ensine um segredo para conservar a fé? É simples e não tem segredo: Rezem, rezem muito. Rezem o rosário todos os dias”.
(no início do século XXI, o Papa João Paulo II acrescentou o Mistérios Luminosos, passando, assim, de 15 para 20 mistérios da nossa redenção a serem contemplados)

Um comentário:
E a historia do São domingos e do beato alano?
Postar um comentário