O ROSÁRIO EM FAMÍLIA


O TERÇO NO SENTIR DA IGREJA

O Santo Padre João Paulo II exclamou na mensagem do Natal de 1979: "A família, 'primeira célula vital da sociedade', como a definiu o Concílio (Vaticano II), é a reserva de venturas ou desventuras da sociedade de amanhã".
E a 20 de outubro de 1979 exortava os Bispos do Peru: "Contra os ataques externos a que hoje são submetidos, apresentai e defendei os valores genuínos da família e do matrimônio cristão. Só mantendo esses valores, espirituais e humanos, a família se consolida como célula social importantíssima e, ao mesmo tempo, como primeiro ambiente evangelizador".
O Terço rezado em coro pela família atrai sobre ela as bênçãos do Céu, porque o Senhor prometeu: "Onde se encontrarem dois ou três reunidos em meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18,20).

É este também o pensamento do grande Papa Pio XII: "Para levar a cabo empresa tão dificíl, como é reconduzir a família à Lei do Evangelho, um dos meios mais eficazes é a reza do Terço em família".
E Paulo VI: "Não há dúvida de que o Rosário da Bem-Aventurada Virgem Maria deve ser considerado  uma das mais excelentes e eficazes orações em comum que a família cristã é convidada a rezar. Dá-nos gosto pensar e desejamos vivamente que, quando o encontro familiar se transforma em tempo de oraão, seja o Terço a expressão frequente e preferida" (Marialis Cultus. n. 54).
O grande apóstolo do Rosário do século XX, o Padre Patrício Peyton, que fez senão propagar através da pregação, da rádio, do cinema e da televisão a devoção do terço, sobretudo em família? Por toda a parte repetia o mote: "Família que reza unida, é família que vive unida".
O bom Papa João XXIII escreveu: "Abençoado Rosário de Maria! Quanta doçura ao ver-te erguido pelas mãos dos inocentes, dos sacerdotes santos, das almas puras, dos jovens e dos anciãos, de todos os que apreciam o valor e a eficácia da oração, erguida por inumeráveis e numerosas multidões, como emblema e como sinal de paz nos corações e no meio das gentes" (O Rosário pela Paz no Mundo, 22 de setembro de 1961). 

Finalmente, o Sumo Pontífice Bento XVI, que como nenhum outro, recomendou tantas vezes esta piedosa devoção: "Sede fiéis aos exercícios de piedade mariana, tradicionais na Igreja: a Oração do Ângelus, o Mês de Maria e, de modo especial, o Terço".
Um belo exemplo mostra como a Mãe de Deus abençoa as família que unidas rezam o Terço:
Dom Ezequiel Gutiérrez, que foi Presidente da República da Costa Rica, encontrava-se certa noite numa cidade a rezar o terço com a esposa, filhos e empregadas. De repente sentem-se ruídos espantosos e as paredes da casa a tremer. Os meninos assustados querem ver o sucedido, mas aquele cristianíssimo chefe de família levanta-se e diz:
- Enquanto não acabarmos o terço, ninguém sai daqui!
Quando acabaram, viram o que tinha acontecido. Um pavoroso tremor de terra arrasou completamente a cidade.
No meio das ruínas só ficou em pé, sem um vidro estalado, nem uma telha partida, a casa em que se estava a rezar o terço. Ainda lá está hoje, como um santuário a mostrar ao mundo as graças que Nossa Senhora concede às Famílias que rezam em coro, cada dia, o terço.
Para levar a viver cristãmente a Família, promovamos entre ela o reza do terço, pois, repetindo novamente as palavras do Papa Pio XII, é esse "um dos mais eficazes" para a condução à lei do Evangelho.

Pe. Fernando Leite
28/06/2000

(Edição do "Cavaleiro da Imaculada", Porto, Portugal)

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