SANTO ROSÁRIO, UM ATALHO PARA O CÉU


Santa Bernadete Soubirous foi a visionária de Lourdes, e com Nossa Senhora aprendeu a rezar o Santo Rosário. Morreu em 1879, e 120 anos depois seu corpo continua em perfeito estado de conservação, exposto no Convento Saint-Gildard, em Nevers, França. Trançado em suas mãos, ficou o terço de contas escuras em que ela meditava os mistérios da fé, desde a Anunciação até Pentecostes. Como outros fiéis e santos, desde São Domingos de Gusmão até Pe. Pio, recentemente beatificado, Santa Bernadete diz que o Rosário é um atalho para o céu.
Segundo o Papa Paulo VI, “a Igreja deve aos filhos de São Domingos ( os religiosos dominicanos ) a propagação desta devoção mariana”. De fato, segundo a tradição, a própria Virgem Maria teria aparecido ao fundador São Domingos de Gusmão, vestida com o hábito dominicano, ensinando-o a pregar de uma nova maneira: alternando a exposição dos mistérios da fé com tempos e orações. Era a primeira década do século XIII. Passados praticamente setecentos anos, multidões se aglomeram em Lourdes, Fátima, Aparecida do Norte e Medjugórje, com o terço nas mãos e nos lábios.
O Papa Paulo VI realçava o caráter evangélico dessa devoção: leva o orante a recitar, passo a passo, os momentos capitais do Evangelho. As orações têm o ritmo marcado por louvores à Santíssima Trindade, por meio do “Glória”. E além disto, a prece é cristocêntrica, recuperando os esquema do primitivo anúncio da fé, que realça o despojamento, morte e exaltação do Filho de Deus. A partir dos anos 60 surgiram vozes para desdenhar das devoções populares, incluindo o Rosário. Mas o exemplo dos Papas veio reanimar esta prática.

( “O Serra”, no 63, nov. 2000, pág. 6 )

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